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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

ZÉ DO TELHADO

“Nasceu em Penafiel em 22Jun1818.

Aos 19 anos assenta praça no quartel de cavalaria 2 nos “Lanceiros da Rainha”.

Em 1837 os “Lanceiros” fazem parte da “Revolta dos Marechais”, cujo insucesso o obriga a refugiar-se em Espanha.

Regressa a Portugal em 1845 e participa na “Revolta da Maria da Fonte”. Como reconhecimento da bravura e dedicação à causa, é agraciado com a condecoração Torre e Espada.

A acumulação de dívidas leva-o a ser expulso do exército e assim, no decurso da guerra civil entre absolutistas e liberais, torna-se chefe de uma quadrilha de salteadores, onde se incluiam membros do clero e da nobreza, como o sacerdote Torcato Guimarães e o morgado de Magantinha.

O alvo dos roubos eram as casas senhoriais do Norte de Portugal onde, segundo a tradição popular, tratava com respeito os donos das casas assaltadas e distribuia parte do saque pelos mais necessitados, o que lhe valeu a alcunha do “Robin dos Bosques português”.

Em 1859 foi preso e partilhou a cela com Camilo Castelo Branco, cuja amizade levou o romancista a fazer-lhe referência nas suas “Memorias do Cárcere”.

Foi julgado e condenado ao degredo em Angola. Na aldeia de Xissa, onde viveu o resto da sua vida, os locais continuam hoje a cuidar do pequeno mausoléu que foi erguido em honra do Kimuezo (homem das barbas grandes), e onde jaz o outrora respeitado e generoso comerciante de borracha, marfim e cera.”




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