"Teve estátua erigida na Roma
antiga e o seu nome era adulado e grafitado nas paredes por todo o Império. Nasceu em Lamego (Lamecum) em 104 d.C. e foi o mais célebre corredor de
quadrigas de todos os tempos. Foi dos poucos que sobreviveu no que era o desporto
mas amado da Antiguidade.
O Circo Máximo era uma estrutura
imensa para a época, com capacidade para 250.000 espetadores e o dia de
corridas, segundo testemunhos da época, era acompanhado de uma atmosfera
febril, fervor e paixão indescritiveis,. O espetáculo durava o dia todo e faziam-se
apostas, encomendavam-se placas de maldição para os adversários, comia-se nas
bancas que existiam por debaixo das arquibancadas e convivia-se, pois era o
unico espetaculo em que as mulheres eram autorizadas a sentar-se ao lado dos
homens.
Os carros eram muito leves e exigiam
grande perícia dos corredores, que conduziam usando a deslocação do peso do
corpo. As rédeas eram presas à cintura para permitir libertar a mão do chicote
sendo frequente, no arranque da corrida e nas curvas de 180º no fim da spina, o
arrastamento do condutor pelo carro e a morte, pelo que este transportava sempre
uma pequena faca (falx) para tentar cortar as rédeas. A corrida nunca era
interrompida.
Já Plinio o Velho escrevia na
altura que nos férteis vales de Olisipo (Lisboa) eram criadas umas formosas
éguas que, fecundadas pelo vento Zéfiro, originavam os cavalos mais velozes do
Império."
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