“Povo com origem celta
que habitava as montanhas entre os rios Douro e Tejo. Não deixaram escritos e o
que se sabe hoje deles deriva dos relatos de autores gregos e romanos e da
arqueologia.
Os textos dos autores
clássicos concordam na obstinada ferocidade com que os lusitanos enfrentaram a
conquista romana, à qual resistiram quase 200 anos, numa guerra de emboscadas
(razzia) e ataques de surpresa noturnos…
…vivem à maneira
lacónica (espartana), são frugais, deixam o cabelo cair pelas costas abaixo, à
maneira das mulheres, mas combatem cingindo as frontes com uma fita…
…são dados a
sacrifícios e examinam as entranhas dos prisioneiros, aos quais cortam a mão
direita como oferenda aos deuses…
…encontram-se unidos
por laços de sangue e não de território. Vivem em aldeias com casas redondas de
pedra cobertas de palha e situadas no alto de colinas e ungem-se tomando banhos
de vapor produzidos por pedras aquecidas, banhando-se em água fria…
…fazem uma única
refeição diária, bebem água, cerveja de cevada e leite de cabra, fabricam pão
de glandes de carvalho e bolotas e só comem carne de bode…
…os condenados são
despenhados em precipícios e os enfermos são expostos nos caminhos para que
quem tem experiência da doença dê conselhos…
…é uma sociedade cuja
liderança não é hereditária mas de um chefe guerreiro escolhido entre os pares.
Quando as aldeias são ameaçadas, as mulheres lutam ao lado dos homens, e tiram
a própria vida quando são capturadas…
…marcham observando
tempo e medida; e cantam hinos (paeans) quando estão prontos para investir
sobre o inimigo…
…casam
à maneira dos gregos, e homens e mulheres bailam em danças de roda, de mãos dadas…”
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